Coluna SECOVI-AL / Gazeta de Alagoas
Quem administra condomínio sabe: é imperativo racionar custos! Todo mundo quer morar bem, mas mantendo despesas enxutas. O desafio é conseguir essa façanha. Para ajudar nessa façanha, a coluna de hoje traz algumas dicas que, apesar de óbvias, nem sempre são seguidas.
Como um dos vilões do custo é o uso exagerado de água, recomenda-se aguar as plantas com um regador ou um tipo de mangueira esguicho-revolver, que controla a saída e fechamento do líquido, evitando desperdício. Também geram economia: lembrar de checar periodicamente se há vazamento na instalação hidráulica, bem como de substituir caixas de descargas antigas por outras mais modernas, como as acopladas, por exemplo, sem comprometer a eficiência da função. Colocar nos canos um redutor de pressão é outra medida eficaz .
Ao limpar a área comum, sempre que for possível deve-se usar a vassoura, ao invés de jogar água. Individualizar a água é opção que vale a pena, assim cada morador vai pagar o que consumir, e isso força a economia. Quando a água é do condomínio, nem sempre as pessoas agem de forma consciente. Convém investir em hidrômetros individuais.
A propósito, a construção de pequenas cisternas para armazenar água da chuva, caso haja espaço suficiente na área comum. Essa água pode ser aproveitada em jardins e serviços de limpeza. Alguns condomínios investem em poço artesiano, quando não implica no comprometimento do lençol freático. É preciso avaliar cada caso para ver se compensa. “Outra dica é racionar o uso da energia elétrica. O uso de sensor de presença reduz o custo da conta da Eletrobrás em pelo menos 10%, assim como alternar o uso dos elevadores (em alguns dias e horários deixar apenas um funcionando), nivelar as boias da caixa d’água para evitar que fiquem dando partida desnecessariamente, optar por lâmpadas leads, e, na parte de material de limpeza, deve-se pesquisar bastante antes de comprar”, diz o vice-presidente do Secovi, Antônio Jorge Rocha. Enfim, de modo geral, agir preventivamente gera economia. Por exemplo, se uma roldana do portão do prédio estiver empenada é melhor trocar do que negligenciar, porque se ficar funcionando com defeito vai forçar o motor do sistema e resultar num ônus bem maior.
Paralelamente à redução de custos, é possível gerar receita própria dentro do condomínio, como por exemplo alugar a cobertura para instalação de antenas, alugar o salão de festas e a academia. Outra alternativa é vender lixo reciclável e o óleo que foi usado pelos moradores na cozinha, pois pode gerar pequenos rendimentos negociando-se com fabricantes de sabão. Muitas vezes, alguns moradores fazem trabalhos voluntários para colaborar com um fundo de caixa, e assim evitar taxas extras no condomínio. “Tudo há de ser combinado entre os condôminos. O importante é a economia final”.